domingo, 13 de junho de 2010

Ativ. 1.3.

Discutindo Educação e Tecnologia

Técnica e tecnologias são inerentes ao processo evolutivo social, cultural e econômico do ser humano. Toda tecnologia tem seu tempo de importância em determinado contexto histórico, foi assim com a imprensa escrita, com o rádio, com a televisão e agora com a internet; isso sem mencionar outros tantos que estão presentes na contemporaneidade.

Algumas técnicas e tecnologias evoluem para outras formas totalmente diferentes das originais, as quais se tornam obsoletas e muitas vezes se perdem no tempo, outras continuam existindo paralelamente à sua nova versão. Muitas destas tecnologias mantêm sua base original e evoluem, acrescentando outras características em torno dessa base principal, como exemplo, temos a telefonia, que se desenvolveu de forma a expandir sua utilização de forma global e de diversas formas, mas mantendo sua finalidade específica.

No entanto, não significa que o computador seja uma evolução pura e simples da máquina de escrever, o que de fato não é, pois que este congrega uma infinidade de possibilidades que englobam num mesmo aparelho a escrita, o cálculo, a comunicação, a pesquisa, o arquivo, entre outros.

Entretanto, o computador não deve ser entendido como uma máquina que vá substituir o ser humano de forma integral, esse não é o objetivo. O objetivo de tal invenção é permitir maior velocidade em determinados processos, de forma a liberar o “homem” para outras atividades que requerem dele maior disponibilidade de tempo e atenção. Como, por exemplo, o planejamento, o gerenciamento, mais tempo para as inter-relações pessoais, atividades referentes a uma melhor qualidade de vida. Enfim deve-se aprender como, onde e quando usar determinada tecnologia e saber dar-lhe a devida importância.

Há um aumento da intensidade de conhecimento em diversas áreas, a cada dia os espaços de disseminação de informação e produção de conhecimento estão cada vez mais diversificados e abrangentes se democratizando cada vez mais.

O Brasil tem uma dicotomia a ser trabalhada para que este não fique à margem da evolução tecnológica, ou seja, a situação sócio-econômica do país, que se corporifica em altos graus de analfabetismo funcional, versus a política de inclusão social.

Há um desequilíbrio social materializado na existência de uma população de baixa renda e desempregados, população essa que em sua grande parte não terá condições plenas de aproveitar as facilidades da inclusão digital proporcionada por espaços em escolas públicas ou locais gratuitos de acessos (computadores, internet) uma vez que sua preocupação constante é ter o que comer no dia seguinte, ou com sua moradia precária, isto quando esta existe.

Portanto para haver uma inclusão digital de fato há que se trabalhar concomitantemente a redução das desigualdades sócio-econômicas, de modo que haja uma “atmosfera” propícia à inserção desta população, de modo que a tecnologia da informação faça parte de seu cotidiano e não seja apenas uma realidade intermitente.

É importante a democratização da educação, mas também a criação de espaços que propiciem a interação entre o ensino e o mercado de trabalho, de forma que as escolhas por profissões sejam mais consistentes e menos alienadas. Além disso, é fundamental preparar futuros profissionais para o mercado de trabalho futuro e não somente fazê-lo quando a necessidade existe e não há profissionais para atendê-la, assim deve-se investir na educação voltada a construção de um ser humano cidadão, mas também, preparado para as demandas profissionais. Há que se enxergar o futuro na elaboração dos currículos. Mas o desafio é manter o humanismo.

Não basta mudar o currículo escolar, mas repensar a própria educação em sentido mais amplo voltado a organização da informação e articulação dos espaços de produção de conhecimento.

Muitas tecnologias que surgiram e já estão desaparecendo são subutilizadas. Não generalizando, há grande dificuldade de acesso dos professores as novas tecnologias e para sua posterior transmissão, uma vez que estes não assimilaram essa tecnologia de forma completa, pois ela não faz parte de seu cotidiano. Falta a vivência, e a conseqüente interação.

A utilização dessas fontes de informação como a TV e a Internet de deve ocorrer de forma inteligente, sendo estes espaços aproveitados de forma produtiva. Há que se selecionar as informações significativas devido à gama de informações existentes; aprender ter acesso à informação, às metodologias de aprendizado, enfocar mais nas formas de aprendizado e não no conteúdo somente;

A educação não deve ficar engessada somente em seus níveis obrigatórios ou seqüenciais, mas assumir características de educação continuada voltada às necessidades específicas do indivíduo, para atender problemas pontuais, também;

A tecnologia virtual pode ser a via de inclusão do aluno nessas novas formas de acesso a informação, promovendo no lugar de uma transmissividade passiva de outras tecnologias para uma interatividade ativa através das diversas interfaces de conexão entre seus usuários, colaborando para a construção conjunta do conhecimento e valorizando a bagagem intelectual de cada individuo.

A informática veio para incluir, para facilitar, para dar possibilidades a quem antes não tinha, veio para aproximar as pessoas, embora, por falta de compreensão das formas de utilização, muitos se afastam e se enclausuram no mundo virtual. Ora, o mundo virtual deve ser entendido como multiplicador do tempo e não aprisionador da alma.

Inclusão social, econômica, cultural, digital. Educação para todos, a vida para todos sem distinção.

Mahyhaly Dias Santos

Bibliografia:

Educação e Tecnologia. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=szNSCklQnWY>. Acesso em: 24 mai. 2010.

Integração das Tecnologias na Educação. 2. Tecnologias na Escola. Disponível em: <http://www.tvebrasil.com.br/SALTO/livro/2sf.pdf>. Acesso em: 24 mai. 2010.

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